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Como funciona?

APRESENTAÇÃO

O Projeto Roda de Vivências é uma proposta de troca de saberes entre crianças, mães, pais, artistas, educadores e pessoas interessadas no universo da aprendizagem e desenvolvimento humano.

Os encontros são promovidos e organizados pelos próprios pais (muitos com formação e/ou experiência em artes e outras áreas criativas e educativas) numa espécie de oficinas vivenciais itinerantes e gratuitas.

São utilizados locais públicos da cidade bem como casas de participantes. Todo encontro é realizado um lanche coletivo e doações voluntárias e anônimas para a caixinha do projeto.

Atualmente cerca de 100 famílias participam do projeto.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Convite para 6ª Vivência (06/10, domingo)



Boa Noite Famílias,
Todos estão convidados a participar da 6ª Vivência do Projeto
RODA DE VIVÊNCIAS – Aprendizagem em Comunidade e Família.

Dessa vez o encontro será a tarde no CASULO.
Vamos realizar uma FEIRA DE TROCAS. Portanto tragam objetos, peças infantis, de adultos, da casa, etc. que gostariam de por pra jogo.

Também acontecerá a colheita dos alimentos da horta (de forma lúdica para que as crianças participem) e deliciosa Oficina de Culinária oferecida pela dona da casa, Caísa Tibúrcio.

Data: 06 de Outubro (domingo)
Local: CASULO (QI 03 - Lago Norte) https://www.facebook.com/espacocasulo?fref=ts
Horário: 15h as 18h

ATENÇÃO!
Levar algum item para lanche coletivo; $$ (se possível) para contribuir com limpeza, material e outros gastos (contribuição anônima e voluntária).
Alguém pode levar liquidificador?

Segue o cardápio feito pela Caísa Tibúrcio:

Chocolate/brigadeiro:
Cacau
Abacate
Castanha de caju hidratada
Açucar mascavo, demerara, agave, mel e/ou tâmara para adoçar.

Bolinho de Castanha de caju e tofú
1 tofú
Temperos da horta e cenoura
Linhaça
Flocos de quinoa ou aveia
Castanha de cajú.

Vamos fazer suco verde? Acho uma boa:
1 Pepino,
4 maças
Folhas temos aqui
Redinha para coar o suco! Quem tiver..trazer.

Sugiro termos mais de um liquidificador. Quem puder trazer.



 



terça-feira, 24 de setembro de 2013

CONANE - inscrições e vagas limitadas!

Pessoal, não esqueçam de se inscrever logo!
http://conane.org/
(19 a 21 de Novembro)
Momento oportuno para conhecer várias experiências de educação alternativa pelo Brasil.
Ana Thomaz também estará aqui!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Encontros com Ana Thomaz: impressões

Gratidão!
Esta palavra define bem a sensação de participar dos encontros com Ana Thomaz.
Gratidão a Deus, a todos.
Viver, Estar, Aprender.
Mais por vir.
Mais acontecendo.
Mais acontecidos.
Mais Percepção.

A vida é simples!





Segue abaixo as anotações dos encontros feitas por queridas mães que participam do grupo Roda de Vivências.

Larissa Carneiro
Em e-mail Larissa informou:
"Segue em anexo minhas anotações e conclusões pessoais (em vermelho) sobre os temas abordados no Curso da Ana. Por favor, fiquem à vontade para concordar, discordar e contribuir, até porque eu não consegui captar tudo o que foi dito, perdi muita coisa. O que eu escrevi é o que eu aprendi com esse encontro, de acordo com minha realidade.
{Ah, aproveito pra indicar esse blog. http://filhasefilhos.com. É de um pai, que fez curso de Educação Ativa com a Margarita Valência e a Ana Thomaz. No blog, ele expõe situações de seu cotidiano na criação dos filhos, e vai mostrando como ele aplica os conhecimentos adquiridos nessas situções. Muito interessante!}"


Curso Ana Thomaz
sábado, 28 de setembro de 2013
22:02


Método Alexander e Corpo Íntegro

·         O criador do método, um australiano, era ator e recitava Shakespire. Começou a ficar rouco com frequência, e o médico dizia que tinha como aliviar os sintomas, mas que a rouquidão sempre voltaria enquanto ele continuasse a recitar. Não satisfeito, ele colocou espelhos nos quatro lados de uma sala e começou a se observar enquanto recitava. Percebeu que quando ia recitar Shakespire, projetava seu peito pra frente. Começou então a recitar buscando não fazer isso. Resolveu o problemas, mas quando ele se empolgava, esquecia, projetava novamente o peito e a rouquidão voltava. Então ele percebeu que o caminho não era fazer com que a mente controlasse o corpo, mas sim educar o corpo a manter a posição sozinho, pois o corpo tem consciência própria. Basta dar a oportunidade, criar o ambiente ideal para o corpo se " consertar".
·         A função do esqueleto é sustentação. A coluna se sustenta sozinha, com a força normal gerada em resposta ao peso da cabeça sobre a coluna. Essa sustentação não precisa do uso dos músculos. O papel dos músculos é outro: dar movimento. Esse mecanismo de sustentação é o natural. É bem perceptível quando vemos crianças novinhas andando: parece que elas andam sempre com a intenção pra cima, pra cabeça, num mecanismo "a cabeça empurra pra baixo, a coluna empurra pra cima". É um andar muito mais leve que o dos adultos.
·         Por algum motivo, a maioria das pessoas perde esse mecanismo quando adultos. O corpo então vai desmontando, se entortando, de forma que o peso da cabeça não fica mais exatamente sobre a coluna. Isso vai gerando tensões musculares, pois o músculo passa a fazer o papel do osso de sustentação, e então endurece.
·         Para esse mecanismo de sustentação funcionar, devemos estar em nossa potência. Precisamos estar íntegros como corpo, de forma que RAZÃO + EMOÇÃO + INTUIÇÃO + INSTINTO estejam integrados. Somos assim originalmente. As crianças pequenas são assim. Estão sempre na POTÊNCIA. O que pensam e falam (razão) é motivado pela emoção, intuição e instinto. Talvez é por isso que as reações das crianças são tão fortes (o que chamamos de birra): É um querer genuíno, inteiro, que  combinado com a imaturidade em lidar com essas emoções (que diga-se de passagem, a maioria de nós adultos também não tem), faz com as crianças simplesmente coloque a emoção pra for a, chorando (muito mais interessante  que engolir a emoção e somatizar isso mais tarde).
·         O que faz as crianças perderem essa integração, se transformando nos adultos de hoje? Quando elas são obrigadas a agir de forma diferente do que o corpo quer.  Nesse instante, a integridade do corpo é quebrada. A criança começa então a perder o mecanismo de sustentação do esqueleto, começa a desmontar sobre o corpo.


Por que as crianças perdem sua integridade corporal e sua potência?

·         Por que as crianças em determinado momento começam a agir de forma diferente do que seu corpo quer? Porque os adultos as obrigam, pelo exercício do poder. Os adultos, que já perderam sua integridade corporal, que não estão mais em sua potência, agem da forma que aprenderam ao longo da vida: usando o poder.
·         Vejamos: A criança está fazendo algo que julgamos errado. Como agimos?
o    Primeiro falamos pra criança não agir daquela forma, mas sem estar verdadeiramente sintonizados com nossa emoção, instinto e intuição. A criança não obedece, pois não há potência na fala. Acriança vive na potência, ela não entende a fala impotente.
o    Como a conversa impotente não funciona, apelamos para o poder. Fazemos algum tipo de ameaça ("Se vc continuar fazendo isso, vai apanhar/ vai ver quando chegar em casa/ vai ficar de castigo/ mamãe vai ficar triste/etc "), ou propomos uma recompensa ("Se vc parar de fazer isso, vou te dar tal coisa/ vamos a tal lugar/vamos fazer tal coisa/ etc"), ou partimos para a explicação racional (Vc não pode fazer isso, pois pode se machucar/vai estragar o objeto/ etc). Todos essas formas de lidar com a situação são formas de exercer poder.
·         Frente a este quadro, que se repete por anos, um hora a própria criança começa a se obrigar a agir da forma que os pais diz que é a correta (obrigação gerada pelo convencimento pelo poder: ameaças, recompensas ou explicações racionais), e então pela razão ela se obriga a agir daquela forma,mas a emoção+intuição+instinto dela quer outra coisa. Aí a integridade corporal é quebrada. Frente a esse quadro é que a criança também aprende a agir pelo poder, pois foi por anos treinada pra isso. Ao aprender a agir pelo poder, a criança perde sua potência.


Como devemos agir com nossas crianças, frente a situações de conflito?

·         Ao invés de agir pelo poder, devemos agir pela potência. O primeiro passo é retomar nossa integridade corporal. É sintonizar RAZÃO + EMOÇÃO + INTUIÇÃO + INSTINTO. É deixar a razão ser guiada pela emoção, pelo instinto e pela intuição.
·         Para vivermos na potência, são necessárias práticas cotidianas que integrem nossa existência, que nos mantenha no presente, no aqui e agora, em todas as situações. Práticas como método Alexander, yoga, tai chi, dançaterapia, meditação, etc, que te ajudem a ter o corpo íntegro, a manter a mente no presente, e então facilitam a harmonia entre razão, emoção, intuição e instinto. Essas práticas são pontes para despertar a consciência e te fazer entrar no eixo, no corpo inteiro, na integridade. Elas te levam ao caos, revelando questões a serem resolvidos. Mas o que importa mesmo é o que você faz com isso depois. É a busca pela resolução das questões trazidas à tona.
·         Mantendo essas práticas, mantendo nossa consciência no aqui e agora, estamos constantemente em nossa potência, e então já ficamos preparados para conseguir lidar com as situações de conflito da melhor forma.

·         E que forma seria essa? Como não utilizar o poder em situações de conflito com as crianças?
·         A primeira coisa que devemos entender é que toda realidade que surge à nossa frente é criação nossa. Cada um enxerga um fato, uma situação de forma diferente, de acordo com sua realidade, com sua bagagem emocional, cultural, etc. Nós só vemos o que ressoamos.
·         Portanto, se ao ver seu filho fazendo birra você fica com raiva, deve entender que a raiva não foi causada pela birra que seu filho está fazendo, sendo um sentimento seu que foi trazido à tona frente a esta situação. Quando uma situação te gera um incômodo emocional, é porque vc ressoa aquilo, aquela situação despertou uma emoção estagnada gerada por outra situação do passado, um trauma, que deixou uma marca.
·         Frente a uma situação de conflito, eu devo me observar, observar a emoção gerada em mim, o que a situação revela em mim que estava escondido. Tenho então que buscar transformar essa emoção em ação, e assim virá naturalmente a intuição do melhor a fazer naquele momento. Se a emoção não gerar uma ação (ex: raiva pq a casa está bagunçada gera ação de arrumação criativa, inovando na forma de arrumar para facilitar arrumações futuras pelas próprias crianças), ela nos leva ao lugar de vítima (buscando chamar atenção, um mecanismo completamente infantil), ou à reclamação (que gera ressentimento e doenças).
·         Passo a passo para agir frente a uma situação de conflito:
  1. A criança, através de sua ação inadequada, revela uma emoção em você.
  2. Entre no seu "templo". Busque se centrar em seu corpo, e centrada vc enxerga a situação com certa distância emocional. Comece então a observar os sentimentos que aparecem.
  3. Você reconhece a emoção e a aceita: "essa raiva é minha". Com a aceitação, a emoção fica à tona, e vc tem q lidar com ela.
  4. Você então entra em contato com a emoção e agradece pela oportunidade de ter aquela força! E então abre mão daquela emoção, a deixa ir embora, deixando a emoção fluir no corpo. Uma forma de abrir mão da emoção é a técnica Ho'opono pono: Ficar se repetindo internamente "Sinto muito. Te perdoo. Sou grato. Eu te amo.", até a emoção ir embora.
  5. Quando a emoção flui, ela traz a força, e então a emoção se transforma em ação positiva. A ação gerada conduz a situação da melhor forma, pois vem de um corpo inteiro, onde a razão é conduzida pela intuição, pelo instinto e pela emoção fluida.
* Cada emoção tem uma força diferente, gerando uma ação diferente. A raiva por exemplo tem uma força vermelha, rápida, explosiva. Você deve aproveitar essa força pra gerar uma ação com autoridade, precisa, revolucionária (uma ação positiva). Se a raiva ficar estagnada, ela te paralisa, implode dentro de vc, gerando uma ação destruidora (negativa). Temos que tirar o negativo da raiva. Para isso, é necessário uma boa condição física, um corpo inteiro, para possibilitar gerar a ação.
  1. Se ação gerada for uma fala, será uma fala com potência. Para a fala estar na potência é necessário que a mente esteja em sintonia com o coração. A fala deve ser conduzida pela intuição, instinto e emoção fluida, pelo corpo inteiro. Sem explicações racionais, sem ameaças, promessas ou recompensas. É a autoridade amorosa, pela potência. A criança deve acreditar que vc é autoridade naquele assunto, e confiar quando vc fala que é ou não para fazer aquilo.

·         Acredito também que liberação da emoção por si só já auxilia na mudança de uma situação de birra. Crianças são muito sensíveis energeticamente, e tem um campo energético muito amplo. Quando o adulto sente uma emoção negativa frente a uma situação de conflito, essa emoção inunda nosso campo energético, e contamina o campo energético da criança, piorando a situação. Ao liberarmos a emoção negativa, nosso campo energético fica novamente limpo, “mais positivo”, e por conseguinte afetamos positivamente o campo energético da criança, aliviando o sentimento negativo que ela está sentindo.


A Escola Tradicional

·         A forma como é a escola tradicional atual favorece a perda da integridade do corpo. Nós nascemos com uma capacidade incrível de aprendizado. Isso é natural, genético, um mecanismo de adaptação fundamental, presente não só nos seres humanos, mas em todos os animais em diferentes graus. E esse aprendizado se dá  a princípio por um mecanismo de observação e imitação para o aprendizado das capacidades básicas (andar, falar, comer, etc), e depois pela experiência. Nós verdadeiramente aprendemos o que faz sentido pra nós, o que gera uma emoção. For a isso, apenas decoramos, normalmente por um curto período de tempo. Isso está mais que provado pela ciência. Na escola tradicional, muitas vezes a criança não quer ficar ali sentada por 4 ou 5 horas, escutando uma pessoa falar sobre um conteúdo morto, vazio, sem sentido pra criança, pois não partiu de um interesse genuíno dela. O interesse dela, a emoção, está em outro lugar, for a da sala de aula. O que acontece então?
o    Opção 1: Uma criança que ainda não perdeu sua integridade, nessa situação fica inquieta, buscando fazer o que seu corpo realmente quer, ao invés de ficar ali parada. Ela não tem interesse na aula, então acaba por tirar notas ruins. É a criança taxada de hiperativa.
o    Opção 2: A criança que já cedeu ao que o grupo (pais, professores, etc) julgam correto, mantém sua razão conectada com a aula, mas o resto do seu corpo deseja estar em outro lugar. Dessa forma, ela perde sua integridade. Está prestando atenção na aula, mas não está verdadeiramente presente, perdeu sua potência. Fisicamente, isso se mostra quando a criança desmonta na cadeira. Se ela der mais importância pro que sente do que pro que está ouvindo, não presta atenção na aula,  então acaba por tirar notas ruins. É a criança diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção. Se ela conseguir suprimir o seus desejos genuínos, o que seu corpo quer, em detrimento da razão, para assim poder prestar atenção na aula, ela se pode até se dar bem na escola.
o    OBS: Claro que há crianças que gostam de estar na escola, que realmente se dão bem no sistema tradicional. Mas nem sempre essas crianças estão interessadas sempre. Nessas situações, acontece a quebra da integridade corporal.
·         Os problemas da escola tradicional se resumem a uma questão: A busca pela padronização dos alunos. Todos devem se comportar da mesma forma, todos devem aprender o mesmo conteúdo, todos devem pensar do mesmo jeito. A criação da instituição escola foi claramente com esse intuito, numa proposta
de controle das massas. Quem não pensa diferente do sistema vigente, não dá trabalho. E a escola busca enfiar o sistema goela abaixo dos alunos, formando futuros bons e obedientes empregados. Há um constante direcionamento, que mina a criatividade e a potência, os interesses genuínos dos alunos.


Educação Livre e Educação Domiciliar

·         Ao invés de ter um modelo pronto a que todos os alunos devem se enquadrar, a escola deveria enxergar verdadeiramente seus alunos, buscando auxiliá-los em seu processo próprio de aprendizado, guiado por seus interesses genuínos. Não deve haver direcionamento, pois quando a proposta vem pronta, nem sempre a criança estará "afim" ou pronta para seguir aquela proposta. Ela pode estar com toda a sua potência voltada pra outro projeto.
·         O professor teria então um papel de tutor. Mas o protagonista da educação seria o próprio aluno. O interesse da criança deve ser legitimado pelo tutor, de forma que ele tome esse interesse pra si e busque aprender junto com o aluno. É a chamada educação livre.
·         Há centros educacionais surgindo no Brasil que praticam a educação livre. Há um na Bahia (na ecovila Piracanga, em Itacaré) e outra começando em Joanópolis - SP.
·         A educação livre funciona muito bem na educação domiciliar.A premissa é termos a nobreza de buscar o encontro impecável com nossos filhos (estando inteiros, sem ter um objetivo pré-definido, sem querer chegar a algum lugar), ao invés de ter a grandeza de ter planos ambiciosos para nossos filhos. A finalidade do aprendizado é o aprendizado em si, a alegria gerada pelas descobertas, e não preparar seu filho para entrar numa boa faculdade ou ter um bom emprego. Isso tudo será uma consequência natural do aprendizado, se alcançar esses objetivos for um interesse genuíno do seu filho.


Experiências da Ana com a educação dos seus filhos

·         Com seu filho mais velho (hoje com 20 anos), ele estudou sempre em uma escola Waldorf, escolhido a dedo por Ana. Mas aos 13 anos, pediu pra sair da escola, pois não aprendia o que realmente interessava pra ele.Ele tinha certeza que tinha nascido pra aprender algo, mas não era o que era ensinado na escola. Depois de tentar resolver o problema com a escola e ver que não daria certo, ela tirou o filho de lá.
·         Combinou com ele que o primeiro ano ela decidiria 100% das atividades que ele desenvolveria, no segundo ano seria 50/50 e no terceiro ano ele decidiria tudo. Combinou também  que não haveria distrações: nada de TV, videogame, internet. Ele teria muito tempo livre, para descobrir seu interesse genuíno.
·         Ele então ficava com muito tempo livre. Ana diz que o tempo livre, o ócio, a sensação de tédio, é benéfico, leva as crianças a descobrirem seu interesse legítimo e criar um nova atividade. Os pais devem evitar ficar sugerindo atividades pras crianças fazerem.
·         Um dia, no aniversário das filhas mais novas, ele viu um aluno da Ana fazendo mágica. Ele ficou extremamente interessado, e esse aluno ficou num papel de tutor, apresentando fontes de pesquisa interessantes pra ele.  Ele se apaixonou pelo assunto, hoje é um mágico excelente. O interesse pela mágica o levou a ter interesse por várias áreas relacionadas, como línguas estrangeiras e neurociência.

·         Com suas filhas mais novas (7 e 5 anos), ela chegou a colocar a maior na escola, mas logo ela pediu pra sair. Ela então criou um ambiente propício ao aprendizado em casa, que muda constantemente. E então ela deixa as crianças brincarem, e simplesmente observa. Algumas vezes por semana ela leva as meninas em passeios culturais por São Paulo, como teatros, museus, etc.
·         Hoje, que as meninas estão em idade de alfabetização, ela tem alfabeto pregado na parede. Brinca com elas (por iniciativa delas) de soletrar palavras, de contar, etc. Elas leem livros todas as noites. As crianças devem ver os pais lendo com frequência, e também escrevendo à mão (coisa rara hoje, pois escrevemos mais no computador), para se interessarem também em ler e escrever.


Outros pontos abordados

·         Sentimento de culpa: A culpa deve ser transformada em responsabilidade. A culpa é emoção estagnada, já a responsabilidade permite mudar a realidade, seja do presente ou do passado.

·         TV e videogames: O cérebro não consegue distinguir uma experiência mental de uma experiência real. Dessa forma, o corpo se comporta da mesma forma num jogo de videogame violento ou num filme violento que numa situação violenta real.


·         Ativismo: Brigar contra o sistema (ativismo) é antagonizar, e assim fortalecer o sistema que se está lutando contra. Aceitar e dizer “é assim mesmo, paciência” é permanecer no papel de vítima do sistema. O que temos que fazer é ser a mudança, viver a mudança que queremos. Automaticamente vamos contaminando as pessoas ao redor, e a mudança do sistema vai acontecendo.

·       Forma de interiorizar o conhecimento: Quando ela lê algo que realmente a interessa, imediatamente ela cria uma prática, para levar o conhecimento da razão ao corpo inteiro.

Indicações:

·           Para retomar nossa integridade corporal e nossa presença: Ficar 20 minutos por dia na posição semi-supina (com um livro de 2 a 3 dedos sob a cabeça). Tomar banho sempre buscando esvaziar a mente.
·           Para saber mais sobre a técnica Alexander: Ver site da ABTA (Associação Brasileira da Técnica Alexander).
·           Blog Ana Thomaz: anathomaz.blogspot.com.br


Karin
Atendendo ao pedido para relembrar alguns autores e outros assuntos conversados:
 -Jiddu Krishnamurti- um indiano que fundou escolas que hoje ainda existem na Califórnia, no Reino Unido e na Índia. A Ana mencionou que gostaria de fazer uma Vivencia com a família dela nessas escolas.
- José Pacheco- educador português criador da Escola da Ponte que atualmente vive no Brasil e estará no CONANE para discutir a educação alternativa. 
- Biocibernetica bucal- um método de reorganizar a arcada dentaria contemplando o corpo inteiro, inclusive o posicionamento da coluna vertebral. 

Acho legal enfatizar que a Ana falou sobre sua relação com a escola, que ela mesma sempre foi boa aluna, tem mestrado, foi professora universitária e chegou a pensar em fazer doutorado. Que o filho dela também era um bom aluno e que ela não o tirou da escola como forma de fuga e sim porque acreditou e se responsabilizou por ajuda-lo a ser um ser humano que vive a sua potência. Ela chegou a falar que ele adora estudar vários assuntos de seu interesse e dedica muitas horas debruçado em livros. Na verdade, que ele passou a estudar e ler muito mais depois que saiu da escola, pois pode escolher o que realmente gosta de saber e se aprofundar. 

Quanto as filhas dela, disse estar sempre atenta para checar se a opção de aprendizado que elas estão vivendo esta dando certo, que ela estah sempre disposta a rever a opção de educação ate então escolhida se perceber que elas necessitam de algo diferente para viver a potência individual.

Ana Thomaz também se utiliza das descobertas da física quântica e cita a experiência dela de mudar algo em si mesma para mudar as condições externas, as relações com as outras pessoas e os fenômenos como um todo.

Que além da Técnica Alexander, que ela utiliza a Meditação como treino para o viver no presente de forma alerta e empática. 

Para finalizar, acrescento que o que eu mais admiro na Ana Thomaz eh a coerência que ela expressa ao dizer que para educar seus filhos para viverem na potência ela primeiro precisa viver a própria potência. Que ela precisa Ser exemplo vivo do que ela acredita para as crianças terem em quem se espelhar. Que o educar, é antes de tudo auto-educação, auto-aprimoramento da própria vida. 

Acho que é isso...


Se houver qualquer imprecisão em minhas palavras, por favor me corrijam! 

Karin

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

4ª Vivência: Impressões

Queridos,
A Quarta Vivência foi excelente. Repleta de atividades e encontros marcantes.
Dessa vez foi a tarde, em dia de semana. Novas famílias apareceram.

Podemos dizer que a prática da eutonia e yoga foram complementares contribuindo para uma sensação de bem estar coletiva.

Algumas fotos:
1. Oficina de Eutonia


A Gigliola já informou que em uma outra oportunidade poderá fazer outra vivência com foco no trabalho corporal de mães e pais, em que os bebês se apropriam e se contaminam pelo bem-estar de seus cuidadores. Demais!!!
Eis a referência do livro que ela comentou: 

Eutonia: experiência clínica e pedagógica”
Márcia Regina Bozon de Campos (org.)
Zagodoni Editora


2. Yoga para crianças

As crianças e a própria Caísa se animaram com a aula de yoga para crianças. Foi a primeira vez que Caísa deu aula para os pequenos e realmente funcionou. Muito divertido imitar os animais e fazer as posições através de uma história. O final colorindo mandalas foi bom pra relaxar!


3. Yoga para mães e bebês


E a Joana Andrade já cativou muitos interessados para aulas na Asa Norte! Contando com o auxílio para demonstrações de posições da super dupla Karin e sua  fofíssima bebezinha forneceu uma aula muito inspiradora.


Agradecemos a todos pelo dia de trocas de saberes e amores.